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Você já fez uma declaração de amor a si mesma hoje?

Como amor próprio passa pela boca e pelo útero.

Amar a si mesma, do jeitinho que a gente é, sem tirar nem por nenhuma qualidade ou defeito físico ou de personalidade, nem nenhum acontecimento da nossa história, é uma tarefa de uma vida inteira. A gente muda o tempo inteiro, inclusive de opinião, sobre quem somos e que valor temos.

Sempre achei que eu tinha que ser melhor do que eu era, o que é um jeito meu de ser, misturado com minha cultura familiar, misturado com o que os outros diziam que é o certo. No mundo corporativo, essa características foram reforçadas ainda mais, com as intermináveis matrizes de pontos fortes e pontos “a melhorar” (um nome mais bonitinho para “você é ruim nisso, e tem que dar conta do recado, senão contratamos alguém que tem isso melhor que você no mercado”), e a avaliações de desempenho cada vez mais focadas no que eu não entregava (mesmo que eu tivesse entregado outras 532 muito bem, eram aquelas 4 ou 5 coisas que viravam o centro da conversa).

Uma cliente minha era a epítome dessa descrição. Quando ela veio até mim, ela não sabia mais o que fazer, pois além de estar sofrendo com o próprio corpo, com o efeito sanfona e com questões de fertilidade, ela também tinha um projeto que já estava em sua vida há quase quatro anos para entregar, e não conseguia ir a diante de jeito nenhum. Ela repetia de novo e de novo tudo que achava que estava de errado com ela, e o quanto se cobrava de conseguir fazer tudo isso acontecer.

Por trás de suas palavras, eu sutilmente ouvia “Eu não sou boa o suficiente para dar conta de tudo que eu tenho que dar conta”.

Muitas de nós temos esse sentimento de não ser suficiente em comum, de não estar dando conta das coisas, e de ter alguma coisa de errado que precisa ser concertado ou melhorado.

Eu ficava aflita, pois queria ajudá-la a sair desse sofrimento, e conseguir entregar esse projeto, com sucesso, mas eu não podia efetivamente fazê-lo por ela. Então, começamos com o que eu podia fazer por ela efetivamente, que era começar a se alimentar de uma forma que pudesse dar a energia que ela precisava para dar contas desse e outros trabalhos que ela precisava fazer, e começar a usar a relação que tinha com o fato de que é uma mulher.

Como eu, ela também havia sido criada para ser muito eficaz e assertiva em tudo que fizesse, como uma máquina, e funcionar independente de suas emoções, como um homem. E claramente essa forma de ser não estava dando certo, pois seu corpo mostrava sinais de esgotamento, e sua mente estava tão exausta que ficou paralisada nos dois importantes projetos que tinha: o do trabalho, e o de engravidar.

O estalo aconteceu depois de uns 3 meses de coaching individual, quando já ela já estava reprogramando sua forma de encarar a alimentação e seu corpo de mulher. Quando ela parou de tentar ser muito competente em seguir dietas e de tentar funcionar todo dia do mesmo jeito, seu corpo começou a ficar menos agitado, com mais energia, e mais feliz. De repente, um belo dia, ela me fala que conseguiu voltar a escrever o projeto de novo, que estava conseguindo dedicar-se a ele diariamente, sem forçar a barra, sem se esforçar loucamente para ter disciplina, sem desespero. E não apenas ela conseguiu entregar o projeto no prazo, com muito sucesso, como uma série de acontecimentos nada planejados e muito bem vindos começaram a acontecer na sua vida, fazendo tudo ficar muito melhor.

Eu sinceramente acredito que quando ela abraçou quem ela é de verdade, com compaixão e com amor, foi que a mágica aconteceu.

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Que tal literalmente se abraçar hoje? Você já se fez um carinho? Se deu um agrado? O que você faz para demonstrar amor pelos outros que você também pode fazer por você mesma?

Acredito que seu corpo começou a responder positivamente às atitudes que ela vinha cultivando em relação a sua alimentação, e sua mente começou a destravar quando percebeu que sua capacidade criativa (de procriar e de criar, inclusive a sua realidade) não era compartimentalizada a apenas uma área da sua vida. Recentemente, estive com ela, e seu semblante era outro, sua voz era mais serena, sua visão da vida e dos desafios que ainda enfrenta é esperançosa, otimista, e cheia de ação. Ela encontrou o amor por si mesma, refletindo e resgatando sua relação com a comida, com seu corpo de mulher, e com suas emoções.

Reflexão da semana: Você se ama? Quais são as formas que você já demonstra esse amor por si mesma? Você pensa que poderia se amar mais? De que forma você poderia demonstrar mais amor por você?

Ação da semana: Convido você a explorar meu novo website e saber mais sobre o Sistema Ame-se por Inteiro, para você que tem fome de amor próprio. Com meu suporte, e da comunidade Ame-se por Inteiro, você se torna capaz de fazer as pazes com seu corpo e sua autoconfiança, seguindo 7 passos simples para usar a alimentação e as emoções como suas melhores amigas. É só acessar o menu Serviços e Cursos.

Inspiração da semana: Esse documentário de Anita Gomes traz várias mulheres inspiradoras contando suas histórias de como foi o processo de aceitar e amar seu corpo, mente, emoções e alma de mulher. Eu aprendi muito com elas, e espero que você também.

“Temos um denominador comum, as mulheres, que é o ciclo menstrual. Seja qual seja a cultura, toda mulher menstrua, toda mulher cicla, toda mulher pode procriar, e criar também.” ~ Júlia Larotondo